O objetivo do Projeto Chuva é conseguir prever fenômenos climáticos extremos com maior prazo de antecedência.[Imagem: INPE] |
Prever a tempo
Prever fenômenos extremos no Brasil - como as tempestades que costumam castigar diversas áreas no país durante o verão - com maior prazo de antecedência ainda é um desafio para os meteorologistas.
Esta é a proposta de um grupo de pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Para isso, eles precisam entender a estrutura interna das tempestades que se originam dos principais regimes de precipitação do país.
Batizada de "Projeto Chuva", a iniciativa consiste em estudar a microfísica das nuvens, isto é, os processos físicos no interior delas, para desenvolver um modelo numérico capaz de rodar no supercomputador Tupã, em operação desde janeiro no Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos, em Cachoeira Paulista (SP).
"Por conta do maior poder de resolução espacial do Tupã, é preciso parametrizar e descrever os elementos com mais detalhes. Isso implica medir o tamanho dos hidrometeoros (partículas encontradas nas nuvens), como as gotas líquidas, o granizo, o graupel (forma de granizo) e a neve, assim como sua distribuição nos sistemas climáticos", explica Luiz Augusto Machado, coordenador do projeto.
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