Segundo satélite artificial cairá sobre a Terra em Outubro

Com informações da DLR e New Scientist - 25/09/2011


Imagem: DLR
Os quatro espelhos, com 83 centímetros cada um, bem como toda a estrutura externa do telescópio ROSAT, deverão sobreviver inteiramente à reentrada na atmosfera.

Caindo inteiro
satélite UARS caiu, felizmente, sem causar vítimas.
Mas vem aí um novo lixo espacial. E, desta vez, um com potencial para causar muitos danos, caso atinja alguma área habitada.
O telescópio espacial alemão ROSAT deverá cair no final de Outubro ou início de Novembro, segundo os melhores cálculos da DLR, a agência espacial alemã.
O grande problema, porém, é que o ROSAT foi construído de tal forma que ele deverá resistir à reentrada na atmosfera, não se queimando quase integralmente, como aconteceu com o UARS.
Por isso, e devido à sua órbita, a chance de fazer alguma vítima humana é de 1 em 2.000 - a chance do UARS atingir alguém era de 1 em 3.200.
Blindagem contra calor
O ROSAT (ROentgen SATellite) foi lançado em 1990 e atingiu o fim da sua vida útil em 1999. Ele é menor do que o UARS, pesando 2,4 toneladas.
Ele protagonizou descobertas importantes como, por exemplo, testes sobre uma teoria unificada da física.
O grande problema é que ele foi construído para observar raios X no espaço. Com isto, seus espelhos tiveram que ser fortemente blindados contra o calor, que poderia atrapalhar suas sensíveis observações.
Graças a essa blindagem, é praticamente certo que seus espelhos e praticamente toda a sua estrutura sobrevivam à reentrada.
E, como o UARS, o telescópio desativado não tem motores a bordo, que possam ser usados para comandar uma reentrada guiada. O resultado serão outros dias de expectativa.
"Até 30 destroços individuais, com uma massa de até 1,6 tonelada deverão atingir a superfície da Terra. O sistema óptico de raios X, com seus espelhos e um suporte mecânico feita com compósito reforçado com fibra de carbono - ou ao menos parte dele - deverão ser os componentes individuais mais pesados a atingir o solo," afirmou a DLR.
Queda de satélites
O momento de reentrada do ROSAT, assim como de qualquer outro lixo espacial, é determinado por dois fatores principais.
O primeiro é a geometria do objeto, que pode funcionar como um freio mais ou menos potente, acelerando ou retardando sua queda.
O segundo é o comportamento da própria atmosfera, que se expande e se contrai em reação à intensidade da atividade solar. Quanto mais densa a atmosfera, maior é o arrasto imposto sobre o objeto, que cai mais rápido.
Desta forma, conforme a atividade solar aumenta ao longo de seu ciclo de 11 anos, é maior o volume de lixo espacial que ameaça cair sobre a Terra.
Riscos do lixo espacial
E talvez seja com se acostumar com notícias desse tipo.
A maior incidência de quedas que está se verificando agora é resultado de uma intensa atividade espacial na década de 1990, com um número de lançamentos duas vezes maior do que a atual.
Os satélites lançados naquela época - que costumavam ser muito grandes - já atingiram ou estão se aproximando do final de sua vida útil.
Atualmente, há uma tendência para a construção de satélites menores, mais especializados.
Com isto, os futuros lixos espaciais que virão abaixo deverão ser menores, com maiores chances de se queimarem integralmente durante a reentrada.
Fonte: Inovação Tecnológica

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