Os pombos têm neurônios
capazes de ler o campo magnético da Terra e traduzir estas informações para
identificar a posição que eles ocupam no planeta e em que direção estão indo.
Em outras palavras, estas aves são equipadas com um GPS natural.
A existência de sensores
capazes de perceber o campo magnético da Terra no bico, nos olhos e nos ouvidos
dos pombos já era conhecida. A novidade apresentada pela pesquisa publicada na
edição desta sexta-feira (27) da revista “Science” é a resposta de neurônios
posicionados no tronco do encéfalo.
Imagem do Google |
A descoberta feita com pombos
também pode valer para outras aves, já que, segundo os autores, “muitos animais
confiam no campo magnético da Terra para a orientação espacial e a navegação”.
O artigo é assinado por Le-Qing Wu e David Dickman, neurocientistas da
Faculdade de Medicina Baylor, de Houston, nos Estados Unidos.
Os cientistas colocaram sete
pombos em uma área sem luz e capaz de produzir um campo magnético artificial.
Eles então ajustaram este campo magnético em diferentes ângulos e intensidades
e, ao mesmo tempo, mapearam a atividade neural dos animais.
Foram identificados 53
neurônios, localizados no tronco do encéfalo, com uma resposta significativa às
mudanças do campo magnético artificial. Estas células foram especialmente
sensíveis à intensidade mais parecida com a do campo magnético natural da
Terra.
“Como a informação das
células é usada para orientação e navegação ainda falta ser descoberto, mas
nosso achado demonstra uma evidência neural direta da existência de um sentido
magnético no cérebro das aves”, conclui o estudo.
Fonte: G1
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