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Serge Haroche (direita) e David J. Wineland (Foto: Colllège de France e NIST/Divulgação) |
O Prêmio Nobel de Física de 2012 foi oferecido nesta terça-feira (9) ao
francês Serge Haroche e ao americano David J. Wineland por seus
trabalhos com "inovadores métodos experimentais que permitem medição e
manipulação de sistemas quânticos individuais".
Eles desenvolveram formas de medir partículas quânticas (de escala
minúscula) sem destruí-las, algo que pesquisadores acreditavam ser
impossível. Os premiados foram escolhidos pela Academia Real de Ciências
da Suécia, que concedeu a eles um prêmio de 8 milhões de coroas suecas
(US$ 1,2 milhão). "Eles abriram a porta para uma nova era de
experimentação em física quântica", argumentou a Academia Real, "para
alcançar a observação direta de partículas quânticas individuais sem
destruí-las."
De forma independente, Serge Haroche e David J. Wineland inventaram e
desenvolveram métodos para medir e manipular partículas individuais sem
destruí-las, preservando a sua natureza quântica, de maneiras que antes
eram inatingíveis.
“Para partículas individuais de luz ou matéria, as leis da física
clássica deixam de se aplicar e assume a física quântica. Mas as
partículas individuais não são facilmente isoladas do seu meio e elas
perdem suas misteriosas propriedades quânticas, assim que interagem com o
mundo exterior. Assim, muitos fenômenos aparentemente bizarros
previstos pela física quântica não podiam ser diretamente observados”,
explica a instituição em nota.
Através de seus métodos de laboratório, Haroche e Wineland, juntamente
com seus grupos de pesquisa, conseguiram medir e controlar estados
quânticos muito frágeis, antes inacessíveis para observação direta.
Esses novos métodos lhes permitem analisar, controlar e contar as
partículas.
Embora desenvolvidos independentemente, seus métodos têm muitas coisas
em comum. David Wineland prendeu átomos eletricamente carregados - ou
íons – em “armadilhas”, controlando-os e medindo-os com a luz (fótons).
Serge Haroche tomou o caminho inverso: ele controla e mede fótons
aprisionados através do envio de átomos por uma “armadilha”.
Ambos trabalham no campo da óptica quântica e estudam a interação
fundamental entre a luz e a matéria, um campo que tem progredido
consideravelmente desde meados da década de 1980. Para a instituição
sueca, seus inovadores métodos permitiram esse campo de pesquisa a dar
os primeiros passos para a construção de um novo tipo de computador
superrápido com base na física quântica.
A pesquisa também levou à construção de relógios extremamente precisos
que poderiam se tornar a base para um novo padrão de tempo, com mais de
cem vezes maior precisão do que os relógios atuais de césio.
Fonte: G1
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