Outra pesquisa brasileira revelou que o alecrim-pimenta inibe o crescimento de bactérias alimentares.[Imagem: Ag.USP] |
Um famoso ingrediente de pratos e perfumes poderá no futuro ajudar o tratamento de vítimas de infarto do miocárdio, a parede do coração.
Depois de misturar folhas de alecrim à ração de ratos infartados, pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (UNESP) constataram que o consumo da planta atenuou os efeitos dessa complicação.
Este é mais um benefício na longa lista de efeitos benéficos à saúde promovidos pelo alecrim.
"Nos baseamos em outros estudos sobre alecrim e decidimos testar seus benefícios para ratos induzidos a infarto", explica Bruna Paola Murino Rafacho, que fez o estudo orientada pelo professor Sérgio Paiva.
Alecrim para o coração
Na segunda etapa do estudo, novos testes identificaram os possíveis mecanismos com que o alecrim atua no coração.
Foram avaliados o estresse oxidativo, relacionado ao envelhecimento precoce e surgimento de certas doenças, e o metabolismo de energia, isto é a transformação da energia no coração.
"Vimos que o alecrim diminuiu a oxidação de lipídeos e melhorou as defesas antioxidantes, atuando nas enzimas glutationa peroxidase, superóxido dismutase, melhorando assim o estresse oxidativo cardíaco", explica Bruna.
"Em relação ao metabolismo, a suplementação de alecrim melhorou a utilização de energia no coração dos ratos infartados, atuando em enzimas como citrato sintase e enzimas do complexo I e II da cadeia respiratória. A próxima etapa do estudo é analisar as proteínas e marcadores específicos do coração de ratos infartados, que podem explicar os resultados positivos com a ingestão do alecrim," explicou.
Segundo a autora, os resultados apontam para a possibilidade de o estudo evoluir para a fase clínica - envolvendo seres humanos. O professor Paiva, porém, acrescenta que, por enquanto, não é possível recomendar o uso desse produto em tratamentos cardíacos. "Ainda é preciso saber, por exemplo, em quais doses é seguro inserir o alecrim na dieta", observa.
Fonte: Diário da Saúde
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