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Pico do petróleo
Procure em qualquer livro-texto sobre o assunto, editado nos últimos
40 anos, e você encontrará referências ao famoso "pico da produção de
petróleo".
A chamada "Teoria do Pico do Petróleo" parte do princípio de que,
sendo um recurso não-renovável, sua exploração contínua chegaria a um
valor máximo, quando então as reservas começariam a se esgotar e a
produção começaria a diminuir.
Gráficos e previsões foram feitos à exaustão, afirmando que o começo
do fim da era do petróleo estava para chegar a qualquer momento - todos
falharam.
Nas últimas décadas, vários pesquisadores começaram a duvidar da
teoria - afinal, uma teoria precisa produzir previsões verificáveis e
corretas, o que não tem sido o caso do pico do petróleo.
Por irem contra a corrente, esses pesquisadores foram mantidos à
margem da academia, considerados verdadeiros hereges - algo como um
físico que duvide do Big Bang ou um ambientalista que duvide do
aquecimento global.
Agora, os dados começaram a incomodar muito, e a teoria do começo do
fim do petróleo parece ter chegado ao começo do seu próprio fim.
Pesquisadores das universidades de Stanford e Santa Cruz, ambas nos
Estados Unidos, afirmam que a teoria está vindo abaixo porque se rompeu a
histórica conexão entre crescimento econômico e uso de petróleo.
Os argumentos listados por eles incluem mudanças no padrão de consumo
dos países ricos, maior eficiência dos equipamentos que consomem
derivados de petróleo, combustíveis alternativos e aumento da
urbanização.
Argumentos estranhos ante a explosão de vendas de automóveis em
países como China, Brasil e Índia, além de vários outros em
desenvolvimento, e o aumento da população mundial desde o início da
exploração do petróleo.
Ou seja, os pesquisadores não dizem que a teoria estava errada, eles
argumentam que ela deixou de ser válida - sem ter feito nenhuma previsão
correta.
Pico do cobre
Outro alvo de preocupações similares era o cobre, que poderia acabar a
qualquer momento, segundo os catastrofistas sempre a postos, devido à
explosão de seu uso em eletricidade e eletrônica.
Uma equipe da Universidade Monash, na Austrália, colocou tudo na
ponta do lápis e verificou que as reservas atuais de cobre poderão
suprir as necessidades mundiais do metal por pelo menos um século.
Adicionando-se as minas que vão sendo descobertas ao longo do tempo, não há qualquer motivo de preocupação, afirmam eles.
"Embora nossas estimativas sejam muito maiores do que qualquer dado
disponível anteriormente, elas representam um mínimo - na verdade, os
números em alguns projetos de mineração já duplicaram, ou até mais do
que isso, desde que terminamos nosso banco de dados," disse o Dr. Simon
Jowitt, um dos autores do estudo.
Segundo os pesquisadores, o quadro geral da mineração
é muito mais complexo do que parece, tornando sem validade alegações
simplistas do tipo "restam x anos de suprimento" deste ou daquele bem
mineral.
Eles planejam agora criar bancos de dados semelhantes para outros
metais, como níquel, urânio, terras raras, cobalto e outros, a fim de
pintar um quadro abrangente e mais preciso da disponibilidade de
minerais em todo o mundo.
Fonte: Inovação Tecnológica
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