Cientistas revertem envelhecimento muscular em cobaias

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Uma equipe de pesquisadores da Austrália e dos EUA conseguiu reverter o envelhecimento muscular em ratos.
Eles desenvolveram um composto que deu maior energia e maior tonicidade aos músculos, além de reduzir as inflamações e melhorar significativamente a resistência à insulina.
Contudo, a força muscular não foi recuperada.
"Estudo o envelhecimento em nível molecular há quase 20 anos e nunca pensei constatar que o envelhecimento pudesse ser revertido. Pensava que teria sorte se conseguisse desacelerá-lo um pouco," disse David Sinclair, da Universidade de Nova Gales do Sul (Austrália).
A rigor, contudo, o envelhecimento não foi revertido, mas tão somente a saúde dos músculos - ainda que este seja um feito notável se funcionar em humanos.
Segundo Sinclair, o composto desenvolvido pela equipe permitiu que ratos idosos e com problemas de saúde relacionados à idade apresentassem uma reversão em sua situação muscular em um prazo de uma semana.
A pesquisa favoreceu ainda a identificação de uma nova causa do envelhecimento, principalmente dos músculos, que é a comunicação entre os cromossomos do DNA do núcleo da célula e os cromossomos do DNA das mitocôndrias, responsáveis por fornecer a maior parte da energia necessária à atividade celular.
"O que descobrimos é que, no processo de envelhecimento, esses cromossomos não se comunicam", disse Sinclair.
Para alterar essa situação e "reverter o envelhecimento", os investigadores usaram uma molécula que elevou os níveis de nicotinamida adenina dinucleotídeo (NAD), que se mantém em níveis altos na idade jovem com dieta adequada e exercícios, mas diminui com o envelhecimento.
Segundo o grupo, será possível realizar testes semelhantes com humanos até o fim de 2014, embora terapias sejam outro assunto, e levarão muito mais tempo caso os resultados se confirmem.
No entanto, o método não representa uma "cura" para o envelhecimento. Outros aspectos, como encurtamento dos telômeros (que formam a estrutura das sequências genéticas) ou danos ao DNA continuam sem poder ser revertidos.
Fonte: Diário da Saúde

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