Marte já teve lago capaz de abrigar vida

Ao completar, em agosto, um ano de seu pouso em Marte, a Curiosity (cujo tamanho se aproxima ao de um carro de passeio) já havia percorrido mais de 1,6 quilômetro, feito mais de 36.700 imagens e disparado 75 mil pulsos de laser para analisar rochas e solo, segundo estimativas da Nasa.
A expedição ao planeta vermelho já custou US$ 2,5 bilhões à agência espacial dos Estados Unidos.
Foi encontrado em Marte um local que já foi um lago com capacidade de abrigar vida, e, teoricamente, teria permitido que micróbios do tipo quimiolitoautotrófico habitassem e se reproduzissem em suas águas. O responsável pela descoberta foi o Curiosity, enviada pela Agência Espacial Norte-Americana (Nasa) ao planeta .
O lago teria existido próximo à Cratera de Gale, local em que a sonda aterrissou em 2012. Ele tem aproximadamente 150 quilômetros de diâmetro e teria surgido após o impacto de um asteroide há, pelos menos, 3,5 bilhões de anos.
De acordo com a Nasa, o Curiosity encontrou amostras de rochas sedimentares que indicam que o lago existiu na cratera por "dezenas (senão centenas) de milhares de anos".
As águas do lago provavelmente teriam baixo nível de salinidade, pH relativamente neutro e exibiam elementos-chave em termos biológicos, como carbono, hidrogênio, oxigênio, enxofre, nitrogênio e fósforo.
Para os pesquisadores envolvidos na expedição da sonda ao planeta vermelho, a presença desses elementos tornava o lago apto a abrigar uma grande gama de micro-organismos procariontes (organismos majoritariamente unicelulares e que não têm material genético delimitado por membrana).
Micróbios do tipo quimiolitoautotrófico são capazes de desintegrar rochas e outros minerais para obter energia - na Terra, são comumente encontrados em cavernas, por exemplo.

Com informações da uol.

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