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A eletrônica à base de grafeno é montada em materiais flexíveis e transparentes - somente os contatos de ouro, ainda muito grossos neste protótipo, são visíveis no sensor.[Imagem: Natalia Hutanu/TUM] |
Os cientistas que descobriram o grafeno - uma folha de carbono com um único átomo de espessura - ganharam o Prêmio Nobel de Física por isso.
Esse material tem sido anunciado como uma espécie de "solução milagrosa" para as mais diversas aplicações.
Afinal, além de mais fino, impossível, o grafeno é transparente, tem uma resistência à tração maior do que a do aço e conduz eletricidade melhor do que o cobre.
A lista de aplicações potenciais do grafeno é particularmente longa no campo da tecnologia médica, o que chamou a atenção de uma equipe liderada pelo Dr. Jose Garrido, incluindo pesquisadores da Universidade Técnica de Munique (Alemanha), Universidade Pierre e Marie Curie (França) e da empresa Pixium Vision.
O grupo usou o grafeno para desenvolver os componentes principais de uma retina artificial finíssima, transparente e muito eficiente.
Os implantes de retina podem servir como próteses para as pessoas cegas cujos nervos ópticos ainda estão intactos.
Os implantes convertem a luz em impulsos elétricos que são transmitidos ao cérebro através do nervo óptico. Lá, a informação é transformada em imagens.
Com suas excelentes propriedades elétricas e eletrônicas, o grafeno proporcionou uma interface eficaz para a comunicação entre a retina artificial e o tecido nervoso.
Embora existam diversas abordagens para a construção dos implantes de retina, muitas vezes eles são rejeitados pelo corpo, ou os sinais transmitidos para o cérebro não são ideais.
Segundo os pesquisadores, em comparação com os materiais utilizados tradicionalmente, o grafeno tem excelente biocompatibilidade, graças à sua grande flexibilidade e durabilidade química.
Apesar dos resultados entusiasmadores, ainda não há previsão de quando os novos implantes começarão a ser testados, o que será feito inicialmente em cobaias.
Além disso, a toxicidade do grafeno ainda é uma questão em aberto, com estudos preliminares indicando que o grafeno é bom para a tecnologia, mas não para suas células.
Fonte: Diário da Saúde
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