Terapia para câncer de próstata não é adequada para todos os casos

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Um tratamento amplamente utilizado para o câncer de próstata pode causar mais mal do que bem para alguns pacientes, relata um estudo publicado na revista médica Onco Targets and Therapy.
Há décadas, muitos homens diagnosticados com câncer de próstata vêm sendo tratados com a terapia de privação de andrógeno (TPA), injeções que suprimem a produção de testosterona.
O novo estudo defende que essa é a abordagem errada para alguns homens com a doença localizada, uma vez que essa terapia não fornece nenhum benefício de sobrevivência adicional e pode estar associada a outros problemas de saúde graves.
"Nós agora temos boas evidências de que este tratamento pode causar mais mal do que bem para estes indivíduos, especialmente os pacientes com tumores de crescimento lento que não estão propensos a morrer de sua doença," disse o Dr. Oliver Sartor, diretor médico do Centro de Câncer da Universidade de Tulane.
A pesquisa mostra que a TPA (terapia de privação de andrógeno) pode potencialmente gerar problemas colaterais, incluindo ondas de calor, perda da libido, risco de fraturas, perda de massa muscular, fadiga, depressão, risco de diabetes, disfunção erétil e ganho de peso.
Dos 240.000 novos casos de câncer de próstata diagnosticados nos EUA a cada ano, relata a equipe, mais de metade está no estágio inicial e é de baixo risco.
"Muitos homens diagnosticados com câncer de próstata podem não precisar ser tratados," diz o Dr. Sartor.
Em lugar do tratamento, ele defende a "vigilância ativa" como uma opção melhor para os homens com a doença localizada de baixo grau.
"Homens com doença avançada, ou certos homens com doença agressiva confinada à próstata, são potenciais candidatos à TPA, uma vez que a supressão da testosterona pode aumentar as taxas de cura da radiação de certos cânceres agressivos," ressalta ele.
Texto: Diário da Saúde

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