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Genética do passado
Os avanços no estudo da genética têm mostrado que genes e mutações foram mal compreendidos pelos cientistas durante décadas.
Contudo, mesmo já tendo sido demonstrado coisas como que o mesmo gene que mata uma pessoa pode não afetar outra e que o mesmo gene tem efeitos opostos em homens e mulheres, continuam a proliferar estudos do tipo gene disso e gene daquilo.
A mais recente novidade no campo é um estudo com gêmeos que chegou à conclusão de que a homossexualidade masculina teria um forte componente genético. Sabendo-se que somos frutos de nossas experiências - conclusões de outro estudo também feito com gêmeos idênticos - fica a questão se os genes determinaram a homossexualidade ou se a homossexualidade "formatou" os genes.
E, para os ativistas dos direitos dos homossexuais, estudos desse tipo representam um dilema: Será que ajuda ou prejudica a sua causa se a ciência eventualmente demonstrasse que a homossexualidade é, em parte ou em grande parte, determinada biologicamente, em vez de uma opção de vida?
Prós e contras da homossexualidade genética
Por um lado, se a orientação sexual é algo com que as pessoas nascem, e não podem mudar, mesmo que queiram - como a cor da pele ou ser canhoto ou destro - isto deve derrubar a noção de que as pessoas escolhem ser gays e poderiam igualmente optar por não serem.
Tal conhecimento ajudaria a rebater aqueles que sugerem que a homossexualidade é o resultado de uma decisão moralmente inaceitável, ou um distúrbio psicológico. E também pode ajudar as pessoas que se esforçam para entender ou declarar a sua própria homossexualidade.
Por outro lado, alguns poderiam tentar redefinir a homossexualidade como uma anormalidade biológica. Não há nenhuma maneira de mudar a sexualidade das pessoas, mas se um "gene da homossexualidade" for encontrado, pode ser possível detectar a homossexualidade antes do nascimento, ou "curar" as pessoas alterando esses genes.
Mesmo a ameaça disso poderia ser usada para perseguir: considere as terríveis histórias da seleção de sexo pré-natal e das "terapias" coercitivas e ineficazes para os homossexuais.
Não é à toa que alguns ativistas veem em pesquisas desse tipo as "sementes de um genocídio".
Homossexualidade humana
Para pessoas socialmente liberais e tolerantes, uma homossexualidade genética não representa nenhum problema. É nos círculos onde a homossexualidade ainda é considerada problemática - e existem muitos desses círculos - onde pode haver consequências.
Mas há também um crescente entendimento de que a simples apresentação de evidências que contradizem as visões de mundo das pessoas não muda as suas crenças: ao invés de assimilar as novas informações, elas apenas intensificam seus esforços para rejeitá-las.
E você pode muito bem perguntar: por que não procurar genes que tornam algumas pessoas virulentamente homofóbicas? Ou dispostas a perseguir os outros qualquer que seja o motivo?
De qualquer forma, a sexualidade humana é flexível e criativa. Julgar certos comportamentos como não naturais é um absurdo: o mundo natural - dos animais não-humanos - está repleto de práticas que nenhum ser humano pensaria em tentar e a maioria de nós tem rompantes que poderiam ser facilmente rotulados como desumanos ou mesmo inumanos.
Em última análise, isto faz com que a homossexualidade não importe tanto quanto o fato de que pessoas homossexuais existem e sempre existiram, em todas as sociedades do planeta, em todas as épocas.
Nas palavras dos ativistas: "Algumas pessoas são gays. Aceite isto." E, sobretudo, não procure explicações onde elas não podem ser encontradas.
Matéria colhida na íntegra em: Diário da Saúde
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