Pouca neve no Ártico e degelo alarmam cientistas

Degelo no Ártico foi excessivo durante o Verão no Hemisfério Norte, segundo cientistas (Foto: AP/NOAA/Divulgação)
Cobertura de neve abaixo da média no Ártico, temperaturas recordes no Alasca, e degelo excessivo no verão da Groenlândia foram observados este ano por cientistas e despertaram novas preocupações sobre o aquecimento global.
O Arctic Report Card, desenvolvido por 63 cientistas em 13 países e atualizado a cada ano desde 2006, foi divulgado nesta semana na reunião da União Geofísica Americana, em São Francisco (Califórnia, EUA).
Foi constatado no relatório que o Ártico continua esquentando numa taxa duas vezes maior do que em baixas altitudes, indicando a permanência de uma tendência conhecida como Arctic Amplification.
"Não podemos esperar recordes todos os anos. As constantes mudanças na região não precisam ser espetaculares", disse o autor principal Martin Jeffries, consultor científico do Ártico e oficial do programa pelo Arctic and Global Prediction no escritório de Pesquisa Naval no Condado de Arlington, na Virgínia, Estados Unidos.
A temperatura do ar continua esquentando em comparação à média dos últimos 30 anos, o que é importante porque essas temperaturas agem como indicadores e responsáveis pelas mudanças regionais e globais, alterando os habitats de ursos polares que lutam pela sobrevivência com o gradativo desaparecimento de oceanos congelados.
"A mudança climática está causando um efeito desproporcional no Ártico. Nos últimos 30 anos, a região vem se tornando mais verde, quente e acessível a embarcações, extração energética e pesca", disse Craig McLean, administrador assistente no National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA, na sigla em inglês).
"Essas transformações, causadas pelas emissões de gases do efeito estufa, estão trazendo enormes desafios", prosseguiu.
Com informações G1.globo.com

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