Nutrição e alimentação: "Coma isto" é melhor do que "Não coma aquilo"

Ao projetar mensagens sobre nutrição e boa alimentação para a população, é melhor não seguir o conselho dos especialistas, que tendem a gostar mais das mensagens negativas.[Imagem: Daniel Miller]
Mensagens positivas
Mensagens negativas, do tipo "Não faça isto" ou "Não coma aquilo" não funcionam para a maioria de nós.
Por exemplo, dizer a seu filho para comer uma maçã para que ele se mantenha saudável vai funcionar melhor do que dizer-lhe para não comer um salgadinho porque isso irá torná-lo menos saudável.
A conclusão é da equipe do professor Brian Wansink, da Universidade de Cornell (EUA), cujos estudos comprovaram que focar no "Faça isto" é melhor do que focar no "Não faça aquilo".
Estes resultados colocam em dúvida a eficácia de muitas campanhas de saúde pública, geralmente usando uma abordagem de medo para tentar convencer a população a comer melhor ou praticar mais exercícios físicos, dizem os pesquisadores.
Ou seja, o governo e as entidades ligadas à saúde fariam melhor ressaltando os benefícios de comer alimentos saudáveis, o que é mais eficaz do que lançar advertências contra os efeitos nocivos do consumo dos alimentos não-saudáveis.
Não chame os especialistas
Os pesquisadores analisaram 43 estudos internacionais que analisaram os efeitos de mensagens nutricionais negativas ou positivas. As mensagens positivas funcionaram bem de forma consistente quando comparadas às mensagens negativas.
De forma bastante interessante, as mensagens negativas tendem a funcionar bem com os especialistas, como nutricionistas e médicos.
Para o público em geral, contudo, as mensagens foram melhor recebidas quando lhes era dito quais alimentos são mais saudáveis e por que eles são bons.
A mensagem final do estudo é: ao projetar mensagens sobre nutrição e boa alimentação para a população, é melhor não seguir o conselho dos especialistas, que tendem a gostar mais das mensagens negativas, que não terão o efeito esperado junto ao público.
Matéria colhida na íntegra em: Diário da Saúde

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