Quanto maior o peso do garçom, mais comida você irá pedir - além de pedir sobremesas e drinques. [Imagem: Doering/Wansink(Env. & Behavior)] |
Por essa você provavelmente não esperava: a quantidade de comida, a sobremesa e os aperitivos que você vai pedir em um restaurante dependem do garçom que lhe atender.
E não se trata do tratamento que o garçom lhe dispensar, mas do que quanto ele pesa.
Cientistas da renomada Universidade Cornell (EUA) acompanharam cerca de 500 clientes em 60 restaurantes, apenas para demonstrar que os clientes pedem mais sobremesas e até 17% mais bebidas alcoólicas quando os garçons têm sobrepeso ou são obesos.
"Ninguém vai a um restaurante para começar uma dieta. Como resultado, estamos tremendamente suscetíveis a sugestões que nos dão uma licença para pedir e comer o que queremos," explica o professor Tim Doering. "Um garçom divertido, feliz e pesado pode levar o cliente a dizer 'Que se lasque' e se soltar um pouco."
O estudo, publicado na revista científica Environment and Behavior, observou os clientes durante seu jantar em restaurantes casuais - não de luxo.
A equipe então comparou o pedido de cada cliente com o Índice de Massa Corporal (relação entre peso e altura) do garçom que os atendeu. Além de pedirem mais comida dos garçons mais gordinhos, os clientes também se mostraram mais propensos a pedir sobremesas e drinques após a refeição.
Curiosamente "um garçom ou garçonete de maior peso parece ter uma influência ainda maior sobre os comensais mais magros," conta Doering.
Mas há outros fatores. Além do peso do garçom, a iluminação, a música e até o local onde cada cliente se senta demonstraram induzir um viés inconsciente nos pedidos.
Como os clientes não podem mudar a música de um restaurante ou correr o risco de demonstrar preconceito pedindo um garçom mais magro para atendê-los, os pesquisadores sugerem outra tática.
"Decidir que você vai pedir um aperitivo ou uma sobremesa - mas não os dois - antes de você chegar ao restaurante pode ser uma das melhores defesas da sua dieta," sugere Brian Wansink, coautor do estudo.
Fonte: Diário da Saúde
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