O óleo é extraído com o uso de equipamentos específicos. Por essa razão, não adianta colocar folhas de orégano ou cravo na água.[Imagem: Leo Rodrigues/Agência Brasil] |
A eficácia dos óleos de orégano e de cravo para matar as larvas do mosquitoAedes aegypti foi comprovada por uma pesquisa da PUC de Minas Gerais e da Fundação Ezequiel Dias (Funed).
Em contato com o criadouro, os óleos matam as larvas em até 24 horas.
O próximo passo do estudo, que consistirá no desenvolvimento de um larvicida e sua colocação à disposição do mercado, deverá estar completo até Junho, de acordo com a pesquisadora Alzira Batista Cecílio, coordenadora da equipe.
"Produto natural não pode ser patenteado. Então, só após a formulação do larvicida, poderemos patentear e iniciar as negociações com as empresas," justificou Alzira.
O orégano e o cravo foram selecionados após análises de mais de 20 plantas.
O óleo é extraído com o uso de equipamentos específicos. Por essa razão, não adianta, por exemplo, colocar folhas de orégano ou cravo na água.
O estudo é um desdobramento de outra pesquisa mais ampla, que testa o uso de produtos naturais para combater diversos tipos de vírus.
"Nesse cenário preocupante em relação ao vírus da dengue, decidimos começar a estudar também plantas que pudessem eliminar o vetor," acrescenta Alzira. Além da dengue, o mosquito Aedes aegypti é o transmissor dos vírus zika e chikungunya.
Futuramente, está previsto também o teste desses óleos no combate a outras fases da vida do mosquito, o que pode levar ao desenvolvimento de um inseticida aerossol ou um repelente.
Segundo Alzira, o objetivo é desenvolver um produto que não contamine o meio ambiente, já que a maioria dos criadouros de larvas está espalhada, podendo ter contato com animais e até água voltada para o consumo humano, como por exemplo nas caixas d'água.
"Queremos um larvicida que seja degradado rapidamente e não contamine a água, ao mesmo tempo em que tenha boa eficácia. A maioria dos larvicidas usados hoje exige algum cuidado na aplicação e deixa a água com alguma toxicidade", explica.
Fonte: Diário da Saúde
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