Com uma capacidade 100 vezes superior à do Hubble, o WFIRST vai estudar também a energia e a matéria escuras. [Imagem: NASA/GSFC] |
Depois de anos de estudos preparatórios, a NASA está formalmente iniciando o projeto de um novo telescópio espacial, o WFIRST (Wide Field Infrared Survey Telescope, ou telescópio de rastreio infravermelho de largo campo de visão).
Com uma capacidade visual 100 vezes maior que a do Telescópio Espacial Hubble, o WFIRST vai ajudar a desvendar os segredos da energia escura, da matéria escura, explorar a evolução do cosmos e espionar os exoplanetas em detalhes, sobretudo aqueles com condições de vida similares às da Terra.
"Esta missão combina de forma única a capacidade de descobrir e caracterizar planetas além do nosso Sistema Solar com a sensibilidade e a óptica para olhar aberto e profundamente para o Universo na busca por desvendar os mistérios da energia escura e da matéria escura," disse o astronauta John Grunsfeld ao apresentar o projeto.
O WFIRST será o próximo grande observatório de astrofísica da NASA após o lançamento do Telescópio Espacial James Webb, em 2018. O observatório irá analisar grandes regiões do céu em luz infravermelha.
Seus principais instrumentos serão uma câmera infravermelha de campo largo e um coronógrafo projetado para bloquear o brilho das estrelas para permitir observar a fraca luz dos planetas que orbitam em torno delas.
Bloqueando a luz da estrela hospedeira, o coronágrafo realizará medições detalhadas da composição química das atmosferas planetárias - essa técnica é conhecida como microlente gravitacional. A comparação desses dados entre muitos exoplanetas permitirá uma melhor compreensão da origem e da física dessas atmosferas, além de permitir a busca por sinais químicos de ambientes adequados para a vida.
Comparação entre o telescópio espacial Kepler e o WFIRST quanto à distância a partir da estrela onde cada um poderia encontrar um exoplaneta. [Imagem: WFIRST] |
O WFIRST também poderá medir com precisão as formas, posições e distâncias de milhões de galáxias para rastrear a distribuição e o crescimento das grandes estruturas cósmicas, incluindo os aglomerados de galáxias e a matéria escura que os acompanha.
E, medindo as distâncias de milhares de supernovas, será possível mapear em detalhe como a expansão cósmica tem-se comportado ao longo do tempo.
A previsão é que o WFIRST seja lançado em meados da década de 2020.
Ele ficará em um local conhecido como ponto de Lagrange L2, um ponto de equilíbrio gravitacional entre a Terra e o Sol, a cerca de 1,6 milhão de km de distância, onde há menos interferências e é necessário usar menos combustível para se manter estável.
Fonte: Inovação Tecnológica
0 Comentários
Com seus comentários, você ajuda a construir esse ambiente. Sempre que opinar sobre as postagens, procure respeitar a opinião do outro.
Muito obrigado por participar de nosso Blog!
Abraços!