Guaraná tem mais antioxidantes do que chá verde

Guaraná tem potencial antioxidante maior do que o chá verde, com ação na prevenção de doenças cardiovasculares, câncer e várias outras. [Imagem: Food & Function/Divulgação]
O chá verde é bem conhecido por seus efeitos saudáveis, amplamente consumido, entre outras coisas, devido aos benefícios de uma classe de compostos químicos presente em sua formulação, as catequinas, com ação antioxidante e propriedades anti-inflamatórias, entre outras.
Agora, contudo, o chá verde tem um concorrente à altura: o guaraná.
Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) descobriram que o guaraná (Paullinia cupana) tem pelo menos 10 vezes mais catequinas do que o chá verde.
"Até então, o guaraná era visto apenas como estimulante devido ao seu alto teor de cafeína, principalmente pela comunidade científica internacional. A avaliação pioneira sobre a absorção e os efeitos biológicos de suas catequinas em voluntários humanos pode aumentar o interesse da comunidade científica, do mercado e da sociedade em geral pelo fruto como alimento funcional", disse Lina Yonekura, atualmente professora da Universidade de Kagawa (Japão).
Quando efetivamente absorvidas pelo organismo, as catequinas reduzem o estresse oxidativo no organismo, relacionado ao surgimento de doenças neurodegenerativas e cardiovasculares, diabetes e câncer, inflamações e envelhecimento precoce em virtude da morte de células, entre outras condições prejudiciais à saúde e ao bem-estar.
"Os resultados são animadores e mostram que a biodisponibilidade das catequinas do guaraná é igual ou superior às do chá verde, cacau e chocolate, sendo suficiente para promover efeitos positivos sobre a atividade antioxidante no plasma, proteger o DNA dos eritrócitos e reduzir a oxidação dos lipídeos no plasma, além de promover um aumento da atividade de enzimas antioxidantes. Com a pesquisa, esperamos que haja um maior interesse científico pelo guaraná, já que essa é uma espécie nativa da Amazônia e o Brasil é praticamente o único país a produzi-lo em escala comercial", afirma a pesquisadora.
Fonte: Diário da Saúde

Postar um comentário

0 Comentários