Imagem: Fiocruz |
Um estudo realizado aqui no Brasil concluiu que o corpo humano precisa de ao menos 14 dias para se adaptar totalmente ao horário de verão. Enquanto essa adequação não ocorre, são comuns problemas como falta de atenção, de memória e sono fragmentado.
O pesquisador Guilherme Silva Uemura, do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, se concentrou em como a mudança no relógio influi na temperatura do corpo humano.
Segundo Uemura, com o adiantar do relógio em uma hora, a temperatura do corpo começa a subir mais cedo do que antes do horário de verão. Isso aponta para uma desestabilização entre os ritmos da temperatura corporal e da atividade de repouso.
No começo do horário de verão, a maior incidência de Sol em horários considerados noturnos faz o organismo atrasar seu ritmo. Isso faz com que a pessoa tenda a ficar mais tempo acordada por sentir sono mais tarde - o que afeta negativamente o sono noturno.
"Essa dessincronização entre diferentes ritmos gera problemas, como distúrbios de sono. A pessoa fica mais propensa a ter défices de atenção, pode ter maior fadiga durante o dia, problemas para dormir, fragmentação do sono e até mesmo a diminuição da duração do sono", disse ele.
A falta de atenção e a fadiga, afirma, podem ser causadores de acidentes de trânsito e acidentes de trabalho.
Os grupos mais afetados são os adolescentes e os jovens adultos, segundo o pesquisador.
Porém, na maioria dos casos, aos poucos o corpo começa a se acostumar com a nova rotina.
"No nosso trabalho nós observamos que 14 dias seria o mínimo necessário para a pessoa se adaptar ao horário de verão", disse Uemura.
Mas, de acordo com ele, embora isso seja menos comum, para algumas pessoas os sintomas podem perdurar até fevereiro, quando ocorre o retorno para o horário normal.
A mudança de horário afeta mais quem tem rotinas mais rígidas de trabalho. Mas, para quem tem maior flexibilidade de tempo, o recomendado é tentar minimizar os efeitos da mudança.
Uma receita é ir acordando 15 minutos mais cedo diariamente, para que a transição ocorra aos poucos.
Fonte: Diário da Saúde
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