Cada fibra pode ser carregada com um medicamento diferente. Imagem: Pooria Mostafalu et al. - 10.1002/adfm.201702399 |
Um
curativo dotado de um microprocessador e controlado remotamente é a
nova esperança para melhorar os tratamentos de ferimentos, evitando
infecções e reduzindo o tempo de cicatrização.
A
inovação é resultado da junção de duas tecnologias que vêm
mostrando rápido desenvolvimento: as roupas
eletrônicas - e suas fibras
capazes de conduzir eletricidade - e o desenvolvimento de
terapias
que usam a eletricidade para otimizar o processo de cura.
A
bandagem consiste de fibras eletricamente condutoras recobertas por
um gel no qual são incorporados antibióticos, fatores de
crescimento para regeneração dos tecidos, analgésicos e outras
medicações que forem necessárias para cada caso em particular.
Cada
fibra pode ser carregada individualmente com um fármaco específico
necessário ao tratamento.
Um
microcontrolador, um chip do tamanho de um selo postal, que pode ser
acionado por um aplicativo no celular, controla a liberação de uma
pequena corrente elétrica pela fibra que deve liberar seu
medicamento a cada momento. A eletricidade aquece a fibra e seu
hidrogel, que então libera sua carga de medicamento.
Isto
permite não apenas dosar os medicamentos, como também liberar cada
um segundo seu cronograma de aplicação.
"Esta
é a primeira bandagem que é capaz de liberar os medicamentos com
doses controladas. Você pode liberar múltiplas drogas com
diferentes perfis de aplicação. Esta é uma grande vantagem em
relação a outros sistemas," disse o professor Ali Tamayol, da
Universidade de Nebraska (EUA).
A
equipe pretende fazer os primeiros testes de seu curativo inteligente
em pacientes com feridas crônicas derivadas do diabetes, que
tipicamente têm um longo processo de cicatrização. Antes disso,
porém, será necessário seguir os protocolos de saúde, com testes
em animais, antes dos ensaios clínicos em humanos.
Até
lá, os pesquisadores esperam que o curativo já incorpore em suas
fibras sensores capazes de medir glicose, pH e outros indicadores de
saúde da pele. No futuro, a expectativa é que os dados desses
sensores permitam que o curativo seja ainda mais inteligente,
liberando os tratamentos de forma autônoma, dispensando o aplicativo
no celular.
Informações
de: Diário da Saúde
Fonte: Inovação Tecnológica
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