É cada vez mais comum que as pessoas esqueçam de si mesmas no trabalho. Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay |
Na
vida profissional atual, é frequente que os funcionários respondam
os emails relacionados ao trabalho após o horário de expediente,
levem seus notebooks consigo no feriado e atendam ao celular
corporativo a qualquer hora do dia ou da noite.
Mas
essa confusão na fronteira entre o trabalho e a vida pessoal afeta o
senso de bem-estar das pessoas e pode levá-las ao esgotamento. Do
ponto de vista da empresa também não é um bom negócio, resultando
em perda de produtividade.
É
o que garante a professora Ariane Wepfer, da Universidade de Zurique,
na Suíça.
Wepfer
e sua equipe recrutaram 1.916 funcionários de uma ampla gama de
setores para participar de um estudo a esse respeito. A maioria era
casada (70,3%), a idade média era de 42,3 anos e 55,8% eram homens.
A metade dos participantes (50,1%) trabalhava 40 horas ou mais por
semana.
Eles
foram questionados sobre como gerenciavam os limites entre o trabalho
e a vida pessoal - por exemplo, com que frequência eles levavam
trabalho para casa, trabalhavam nos fins de semana e pensavam no
trabalho nas horas de tempo livre. As questões também envolveram
tempo para relaxar após o trabalho, para socializar ou participar de
esportes e outros hobbies.
Os
resultados mostraram que os trabalhadores que não organizavam uma
clara separação entre trabalho e tempo livre eram menos propensos a
participar de atividades que poderiam ajudá-los a relaxar e se
recuperar das demandas da carreira. Eles estavam, portanto, mais
exaustos e experimentavam um menor senso de equilíbrio e bem-estar
nos diferentes aspectos-chave de suas vidas.
"Os
trabalhadores que integram o trabalho em sua vida fora do trabalho
relataram estar mais exaustos porque se recuperam menos. Essa falta
de atividades de recuperação explica, além disso, que as pessoas
que integram seu trabalho no resto de suas vidas têm uma menor
sensação de bem-estar," explicou Wepfer.
A
pesquisadora acredita que as empresas deveriam ter políticas e
intervenções no local de trabalho para ajudar seus funcionários a
segmentar melhor diferentes aspectos de suas vidas, em benefício da
própria empresa.
"A
política e a cultura organizacionais devem ser ajustadas para ajudar
os funcionários a gerenciar seus limites de trabalho e não-trabalho
de uma forma que não prejudique seu bem-estar. Afinal, o bem-estar
prejudicado vai de mãos dadas com a redução na produtividade e
queda na criatividade," concluiu Wepfer.
Fonte: Diário da Saúde
0 Comentários
Com seus comentários, você ajuda a construir esse ambiente. Sempre que opinar sobre as postagens, procure respeitar a opinião do outro.
Muito obrigado por participar de nosso Blog!
Abraços!