Saíram os resultados da maior simulação do Universo já feita, que utilizou novos métodos computacionais em relação às simulações feitas anteriormente.
A
simulação cobre uma porção do Universo equivalente a um cubo
medindo 1 bilhão de anos-luz de aresta - o cubo da maior simulação
anterior tinha 350 milhões de anos-luz. Foram utilizados 24.000
processadores rodando continuamente durante dois meses, resultando em
mais de 500 terabytes de dados.
A
nova ferramenta, batizada de IllustrisTNG, congrega novas informações
sobre como os buracos negros influenciam a distribuição da matéria
escura - se é que ela existe mesmo -, como os elementos químicos
pesados são produzidos e distribuídos em todo o cosmos e onde os
campos magnéticos se originam.
"Quando
nós observamos as galáxias usando um telescópio, só podemos medir
determinadas quantidades," explica Shy Genel, do Flatiron
Institute, nos EUA . "Com a simulação, podemos rastrear todas
as propriedades para todas essas galáxias. E não apenas como a
galáxia se parece agora, mas toda a sua história de formação."
Isso
pode mostrar como as galáxias evoluem, dando ideias, por exemplo, de
como a Via Láctea era quando a Terra se formou e como nossa galáxia
poderá mudar no futuro.
Outro
ganho foi a possibilidade plotar todas as observações sobre os
campos magnéticos em larga escala que permeiam todo o Universo.
Ao
reunir todo o conhecimento atual, as simulações permitem avaliar
novas medições experimentais à medida que elas são realizadas. O
inconveniente, claro, é que as simulações sempre se baseiam nas
teorias e modelos atuais do Universo, enquanto dados observacionais
podem questionar e alterar essas teorias e modelos.
Matéria
publicada originalmente em: Inovação Tecnológica
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