Transporte
de antimatéria
Físicos
do CERN, a entidade que coordena o acelerador LHC, propuseram-se um
objetivo que, alguns anos atrás, pareceria ficção científica - e,
alguns anos a mais rumo ao passado pareceria mesmo impossível.
Eles
querem construir um recipiente, enchê-lo de antimatéria,
e transportá-lo de um laboratório para outro dentro de uma
caminhonete.
Este
projeto é o principal objetivo da colaboração internacional PUMA,
sigla em inglês para aniquilação de matéria antiprotônica
instável.
Fabricação
e transporte de antimatéria
A
equipe já tem uma "fábrica" de antimatéria, onde já
produzem alguns nanogramas de antiprótons, ou anti-hidrogênio. E
também já construíram tanques
e armadilhas para prender a antimatéria por períodos muito
curtos.
Mas o novo
projeto é muito mais audacioso, devendo resultar em um tanque de
antimatéria capaz de acondicionar pelo menos um bilhão de
antiprótons e mantê-los guardados - impedindo que eles se aniquilem
ao se chocar com prótons - durante pelo menos uma semana.
Num
primeiro momento, o contêiner de antimatéria será enviado para um
laboratório próximo a bordo de uma caminhonete, onde os físicos
estão estudando grandes átomos radioativos. Para isso, eles querem
disparar antiprótons nesses átomos e então estudar as partículas
resultantes depois que ambos se aniquilarem, gerando uma emissão de
raios gama.
Depois que
a tecnologia for testada e aprovada, a intenção é fornecer
antimatéria sob demanda para qualquer laboratório ao redor do
mundo.
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