Físicos querem transportar antimatéria em uma caminhonete


O contêiner de antimatéria será formado por solenoides supercondutores, envolvendo a armadilha de antimatéria propriamente dita, uma câmara de alto vácuo e um sistema de detecção dos antiprótons. Imagem: A. Corsi/CEA
Transporte de antimatéria
Físicos do CERN, a entidade que coordena o acelerador LHC, propuseram-se um objetivo que, alguns anos atrás, pareceria ficção científica - e, alguns anos a mais rumo ao passado pareceria mesmo impossível.
Eles querem construir um recipiente, enchê-lo de antimatéria, e transportá-lo de um laboratório para outro dentro de uma caminhonete.
Este projeto é o principal objetivo da colaboração internacional PUMA, sigla em inglês para aniquilação de matéria antiprotônica instável.
Fabricação e transporte de antimatéria
A equipe já tem uma "fábrica" de antimatéria, onde já produzem alguns nanogramas de antiprótons, ou anti-hidrogênio. E também já construíram tanques e armadilhas para prender a antimatéria por períodos muito curtos.
Mas o novo projeto é muito mais audacioso, devendo resultar em um tanque de antimatéria capaz de acondicionar pelo menos um bilhão de antiprótons e mantê-los guardados - impedindo que eles se aniquilem ao se chocar com prótons - durante pelo menos uma semana.
Num primeiro momento, o contêiner de antimatéria será enviado para um laboratório próximo a bordo de uma caminhonete, onde os físicos estão estudando grandes átomos radioativos. Para isso, eles querem disparar antiprótons nesses átomos e então estudar as partículas resultantes depois que ambos se aniquilarem, gerando uma emissão de raios gama.
Depois que a tecnologia for testada e aprovada, a intenção é fornecer antimatéria sob demanda para qualquer laboratório ao redor do mundo.

Matéria publicada originalmente em: Inovação Tecnológica

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