O registro do Chandra (em rosa, no centro da nebulosa) é combinado a uma observação de um telescópio óptico Foto: NASA/Divulgação |
Os cientistas acreditam que o Sol - daqui a bilhões de anos - vai
esgotar o hidrogênio de seu núcleo e, por causa disso, vai inchar e se
tornar em uma estrela vermelha. As camadas mais externas da estrela
começarão a emitir material até que no final sobrará apenas o núcleo -
uma anã branca. O forte vento solar vai empurrar esse material e formará
uma nebulosa planetária.
Para entender melhor esse processo, os pesquisadores registraram 21
dessas estruturas com até 5 mil anos-luz de distância da Terra. Além
disso, a pesquisa incluiu observações de outras 14 nebulosas que já
haviam sido registradas pelo Chandra. O equipamento registra raios-X
que, nos casos dessas nebulosas, os cientistas acreditam ser causado por
ondas de choque dos rápidos ventos solares que colidem com o material
ejetado.
Ao comparar essas imagens com registros ópticos, os astrônomos afirmam
ter encontrado conchas compactas que foram criadas por fortes ondas de
choque. Segundo eles, essas conchas não têm mais que 5 mil anos, o que
indica a frequência com que as ondas ocorrem.
Cerca de metade das nebulosas estudadas tinham fontes de raios-X
pontuais no centro, onde fica a anã branca, o que indica que essa
estrela tem outra companheira nesses casos. Os cientistas afirmam que
novos estudos serão necessários para entender o papel de uma estrela
companheira na formação da estrutura de uma nebulosa planetária.
O nome "nebulosa planetária" na verdade nada tem a ver com planetas.
Quando esses objetos começaram a ser vistos, os astrônomos os acharam
parecidos com os planetas Urano e Netuno nos fracos telescópios da
época. O termo foi cunhado por William Herschel no século 18.
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