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A restrição crônica de sono entre adultos está associada com o ganho de peso sistemático.
O fenômeno foi aferido em pessoas que tendem a ir dormir muito tarde, retardando a hora do sono, mas acordando no horário de costume.
Contudo, o efeito não parece ter nada a ver com o sono propriamente dito, mas com o consumo de calorias extras durante as horas finais da noite, antes de ir dormir.
Os pesquisadores notaram que as pessoas que vão dormir muito tarde não apenas comem um adicional nessas horas de vigília, mas também ingerem comidas mais gordurosas nessas horas que antecedem o ir para a cama.
"Embora estudos epidemiológicos anteriores já tivessem sugerido uma associação entre um sono mais curto e o ganho de peso e obesidade, ficamos surpresos ao observar o significativo ganho de peso durante um estudo em laboratório," disse Andrea Spaeth, da Universidade da Pensilvânia (EUA).
Os voluntários, entre 22 e 50 anos de idade, passaram 18 dias consecutivos em um ambiente controlado.
O estudo também mostrou que, durante a restrição do sono, os homens ganham mais peso do que as mulheres, e os negros ganham mais peso do que os brancos.
Os cientistas afirmam que a privação de sono pode gerar um efeito cumulativo, já que o ganho de peso é um fator de risco para a apneia do sono, que tem forte impacto sobre a qualidade do sono e para a saúde em geral.
Críticas
Mas o estudo tem suas deficiências.
A principal delas é que o ambiente de laboratório onde os voluntários ficaram internados não possuía condições de realização de atividades físicas, ainda que voluntárias.
Ou seja, as conclusões valem para uma condição que não é apenas de privação de sono, mas para uma situação em que se dorme menos e não se exercita nada, como passar as férias fechado no apartamento.
Fonte: Diário da Saúde
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