Físicos que trabalham no LHC, pela primeira vez, flagraram a partícula de Higgs decaindo diretamente em partículas que compõem a matéria - chamados de férmions.
A inicialmente controversa partícula tinha sido observada decaindo apenas em partículas que carregam força - os chamados bósons - até agora.
Apesar de a descoberta da partícula ter rendido o Prêmio Nobel de Física de 2013, até agora os físicos assumiam que a partícula descoberta no LHC era "um" bóson de Higgs.
Novos resultados ampliam a confiança de que a partícula realmente apresenta o comportamento previsto pela teoria para o Bóson de Higgs "clássico", que deve ser o responsável por dar massa a todas as partículas.
Um porta-voz do CERN, a instituição que dirige o LHC, chamou os resultados de "a descoberta mais importante envolvendo o Higgs desde que a própria partícula foi descoberta em julho de 2012".
As partículas são classificadas em duas classes: os bósons, que transmitem forças, e os férmions, que compõem a matéria.
A partícula de Higgs tinha sido observada decaindo diretamente apenas em outros bósons, ou seja, em portadores da força eletromagnética - fótons - e portadores da força fraca (partículas Z e W).
Agora o detector de partículas CMS - um dos quatro grandes detectores do LHC - flagrou a partícula de Higgs decaindo em férmions - ou em dois léptons tau, primos mais pesados do elétron, ou em dois quarks bottom, primos musculosos dos quarks up e down, que compõem os prótons e os nêutrons.
Estes novos dados sugerem que a partícula encontrada pelo LHC é de fato o bóson de Higgs, a chave para a explicação de como todas as partículas fundamentais obtêm sua massa - sem ele, só há forças, e não há outra explicação para a "materialidade".
Fonte: Inovação Tecnológica
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