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Balas teleguiadas são consideradas o santo graal da balística (Foto: Reprodução/BBC) |
Demoraram seis anos e custou cerca de US$ 25 milhões, mas enfim o Exército americano tornou realidade aquilo que antes só existia em filmes: uma bala que persegue seu alvo.
A Agência de Projetos de Pesquisa em Defesa Avançada (Darpa, na sigla em inglês), braço militar americano responsável por desenvolver as armas do futuro, acaba de testar o protótipo com sucesso. .
O vídeo abaixo mostra o disparo de um rifle de calibre .50 em que o atirador mira não no alvo, mas em outro ponto próximo. Mesmo assim, a bala ajusta seu curso.
A nova munição é parte do projeto Artilharia de Extrema Precisão, que tem como objetivo "melhorar a eficácia de francoatiradores e a segurança das tropas, ao permitir que os tiros sejam disparados de uma distância maior", de acordo com a página do projeto.
O princípio por trás da tecnologia é relativamente simples. A bala recebe sinais enquanto ainda está no ar para que altere seu curso.
"A ideia de balas teleguiadas sempre foi considerada o santo graal da tecnologia de projéteis. Mas só recentemente ficaram disponíveis os microssensores que a tornam possível", diz Christopher Shepherd, professor de Ciência Forense da Universidade de Kent e especialista em balística. "É uma tecnologia pioneira, apesar de já ser pesquisada há anos."
Essa mesma tecnologia de sistemas teleguiados já havia sido aplicada a armamentos maiores, como mísseis, mas o sucesso não tinha sido ainda possível com munições menores.
"As armas de menor calibre oferecem um espaço limitado para estes tipos de mecanismos. A mudança de massa, e da distribuição de massa, em um projétil pode alterar significativamente o seu rendimento", afirma James Shackel, especialista em balística do Instituto Forense Cranfield.
No caso específico da bala inteligente, a Darpa mantém em segredo como funciona o sistema de direcionamento. Mas os especialistas têm algumas pistas. "Anéis em torno da bala podem se contrair e expandir para alterar a distribuição de massa e o fluxo de ar na superfície da bala, o que pode fazer com que ela mude de posição", teoriza Shackel.
Mesmo assim, essa mudança de direção tem limites. E as balas de um rifle de calibre .50 são algumas das maiores dentre as munições menores.
"Provavelmente só será possível mudar a direção da bala em disparos mais distantes, devido à velocidade com que a bala se move", destaca Shepherd. "O pequeno tamanho da bala também limita a capacidade de frear sua queda de forma significativa para facilitar uma mudança maior de direção."
Fonte: G1.com/cienciaesaude
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