Você certamente não se deu conta, mas
muitos dos travamentos do seu celular, tablet e computador estão sendo
causados por partículas subatômicas alienígenas chovendo do espaço
exterior na atmosfera da Terra.
"Este é realmente um grande problema, mas ele é largamente invisível para o público," disse o professor Bharat Bhuva, da Universidade Vanderbilt, ao apresentar seu trabalho "Quantificando o Risco do Clima Espacial" para uma audiência boquiaberta durante a reunião anual da Sociedade Norte-Americana para o Avanço da Ciência.
Quando os raios cósmicos, que viajam em frações da velocidade da luz, atingem a atmosfera da Terra, eles criam cascatas de partículas secundárias, incluindo nêutrons energéticos, múons, píons e partículas alfa. Milhões dessas partículas atingem nosso corpo a cada segundo, mas esta torrente subatômica é imperceptível e parece não ter efeitos nocivos nos organismos vivos.
No entanto, uma fração dessas partículas transporta energia suficiente para interferir com a operação dos circuitos microeletrônicos, sobretudo dos transistores, hoje muito menores do que a maioria das moléculas orgânicas.
Quando interagem com os circuitos integrados, as partículas cósmicas podem alterar bits individuais armazenados na memória. Isso é conhecido como "Transtorno de Evento Único" (TEU).
Como é muito difícil saber quando e onde essas partículas irão bater, e como elas não fazem qualquer dano físico, as falhas que elas causam são muito difíceis de caracterizar - basicamente só resta eliminar todas as demais causas possíveis.
E o professor Bhuva citou pelo menos três casos onde foi possível fazer isto e culpar as partículas cósmicas.
Por exemplo, em 2003, na cidade de Schaerbeek, na Bélgica, a inversão de um único bit em uma máquina de voto eletrônico adicionou 4.096 votos extras para um candidato. O erro foi detectado somente porque deu ao candidato mais votos do que era possível ele obter, o que permitiu aos técnicos rastrearem a alteração até o bit no registro da máquina.
Em 2008, o sistema de aviônica de um jato de passageiros da empresa Qantus, voando de Cingapura para Perth (Austrália) pareceu sofrer de um Transtorno de Evento Único que fez com que o piloto automático se desligasse.
Como resultado, a aeronave mergulhou 210 metros em apenas 23 segundos, ferindo cerca de um terço dos passageiros seriamente o suficiente para fazer com que a aeronave fosse desviada para a pista de pouso mais próxima.
Além disso, relatou Bhuva, tem havido uma série de falhas inexplicáveis nos computadores das companhias aéreas, algumas das quais os especialistas acham que devem ter sido causadas por TEUs - elas resultaram no cancelamento de centenas de voos, com perdas econômicas significativas.
Fonte e mais informações em: Inovação Tecnológica
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