Segundo
resultados de uma pesquisa científica britânica, a chave para o
sucesso não está necessariamente em aspectos como educação,
dinheiro ou inteligência, mas, sim, em algumas "habilidades
para a vida" como o otimismo ou a persistência.
Pesquisadores
da University College de Londres (UCL, na sigla em inglês) examinou
mais de 8 mil homens e mulheres entre 52 e 90 anos e a maneira como
viviam e avaliavam suas vidas.
A
pesquisa concluiu que cinco habilidades podem ser a chave para
disfrutar da terceira idade com boas condições de vida:
- Estabilidade emocional
- Determinação
- Dedicação
- Sensação de estar no controle
- Otimismo
Tais
habilidades são frequentemente chamadas de "não cognitivas",
porque são características pessoais maleáveis, que não têm a ver
com a capacidade intelectual das pessoas.
Os
pesquisadores verificaram que uma pontuação mais alta nestes
quesitos estava associada ao bem-estar social e pessoal, ao sucesso
econômico e à boa saúde nos adultos.
Por
isso, em artigo publicado na revista científica PNAS, eles
afirmam que estimular e manter estas habilidades - não só na
infância, mas também na idade adulta - pode ser crucial para uma
velhice melhor.
De
acordo com o estudo, as pessoas que tiveram uma pontuação alta em
ao menos quatro dos cinco atributos observados tinham, em geral,
menos depressão, um círculo social mais amplo e mais dinheiro.
Por
outro lado, os que pontuavam bem em apenas uma ou duas habilidades
sofriam com mais solidão, maior ocorrência de depressão e maior
probabilidade de desenvolver doenças crônicas.
Por
exemplo, apenas 3% dos que tinham boa pontuação nas cinco
habilidades tinha sintomas de depressão severa, contra 22% das
pessoas no grupo que pontuou menos.
Aqueles
que demonstravam mais estabilidade emocional, determinação,
dedicação, sensação de controle e otimismo também apresentaram
níveis menores de colesterol e indicadores melhores para doenças do
coração e diabetes tipo 2.
"Nos
surpreendeu a grande variedade de processos - econômicos, sociais,
psicológicos, biológicos e relacionados com saúde e deficiência -
que parecem estar relacionados com estas habilidades para a vida",
disse o professor Andrew Steptoe, do Departamento de Epidemiologia e
Saúde Pública da UCL, um dos líderes do estudo.
Entre
as cinco habilidades, no entanto, não há uma mais importante do que
outra.
"Os
efeitos, na verdade, dependem mais da acumulação de capacidades",
afirma Steptoe.
Os
pesquisadores dizem que não é possível concluir que haja uma
relação causal direta entre estas características não cognitivas
e o sucesso, mas os resultados abrem possibilidades para explorar
como melhorar a qualidade de vida e a função social dos mais velhos
na sociedade.
0 Comentários
Com seus comentários, você ajuda a construir esse ambiente. Sempre que opinar sobre as postagens, procure respeitar a opinião do outro.
Muito obrigado por participar de nosso Blog!
Abraços!