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No centro do círculo observa-se um dos curiosos clarões investigados pelos cientistas. Imagem: NASA |
A
partir do espaço, a milhares de quilômetros da Terra, satélites há
anos registram curiosos flashes brilhantes de luz, observados tanto
sobre áreas de terra quanto sobre oceanos.
Mas
o que são esses clarões e por que se formam? Essas perguntas foram
respondidas por recentes estudos da Nasa, a agência espacial
americana.
"Esses
lampejos de luz provêm de cristais de gelo", explica Alexander
Marshak, pesquisador do Centro Espacial Goddard da Nasa e autor de um
estudo recém-publicado sobre o assunto no periódico Geophysical
Research Letters.
Quando
os minúsculos cristais de gelo que flutuam quase horizontalmente nas
nuvens de grande altitude, refletem a luz do sol, explica Marshak.
A
descoberta resulta da análise de dados coletados por um ano sobre
latitudes dos clarões, dos ângulos de observação e da absorção
de oxigênio.
Esses
lampejos já haviam chamado a atenção do astrônomo e cientista
Carl Sagan, em 1993.
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Carl Sagan investigou os lampejos em 1993. Imagem: Site da BBC Brasil |
Analisando
as imagens captadas pela sonda Galileo, que rumava a Júpiter, Sagan
concluiu inicialmente que se tratavam de reflexos criados pela
superfície do mar.
Mas
Marshak, agora, trabalhou com mais imagens da Terra, obtidas pelo
satélite Dscovr (sigla em inglês para Deep Space Climate
Observatory), lançado em 2015 para estudar tanto a Terra como o Sol.
As
imagens do Dscovr mostraram mais de 860 clarões, todos em
determinadas latitudes do planeta.
Isso
permitiu aos cientistas concluir que sua visualização dependia do
ângulo criado entre o Sol, a Terra e o satélite.
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