Impressão artística do planeta gigante em torno de sua pequena estrela. Imagem: Warwick/Mark Garlick |
"A
descoberta do NGTS-1b foi uma completa surpresa para nós - não se
acreditava que tais planetas maciços existissem em torno de estrelas
tão pequenas. Este é o primeiro exoplaneta que encontramos e já
estamos desafiando [as teorias] de como os planetas se formam. Nosso
desafio agora é descobrir o quão comum esse tipo de planeta é na
galáxia," disse o professor Daniel Bayliss, da Universidade de
Warwick, no Reino Unido.
O
pesquisador cita o "primeiro exoplaneta que encontramos"
referindo-se ao uso de um observatório de rastreio recém-inaugurado,
o NGTS (Next-Generation
Transit Survey),
que faz rastreios automáticos do céu procurando exoplanetas pela
técnica
do trânsito planetário.
O
exoplaneta NGTS-1b é um gigante gasoso - também conhecido como
júpiter quente - localizado a 600 anos-luz de distância. Ele tem o
tamanho de Júpiter e orbita uma pequena estrela com metade do
diâmetro e da massa do nosso Sol.
Sua
existência desafia as teorias da formação dos planetas, que
afirmam que um planeta deste tamanho não poderia ser formado por uma
estrela tão pequena. De acordo com essas teorias, estrelas pequenas
podem formar planetas rochosos facilmente, mas não juntariam
material suficiente em seu disco primordial - posteriormente em seu
disco protoplanetário - para formar planetas do tamanho de Júpiter.
O
exoplaneta está muito perto da sua estrela - apenas 3% da distância
entre a Terra e o Sol. Ele completa uma órbita a cada 2,6 dias, o
que significa que um ano em NGTS-1b dura dois dias e meio.
A
temperatura no planeta gasoso é de aproximadamente 530° C, o que
parece quente, mas é uma das menores nessa classe dos júpiteres
quentes, o que se deve às pequenas dimensões da sua estrela.
Fonte:
Inovação Tecnológica
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