Outro estudo mostrou que, mesmo que os dois membros de um casal reajam diferentemente aos eventos que vivenciam juntos, eles podem estar "emocionalmente no mesmo lugar".[Imagem: UCDavis] |
Muitos casais levam uma vida desnecessariamente estressante por quererem estar certos em suas opiniões, em vez de se sentirem felizes.
Mas o que é melhor: querer estar certo ou tentar ser feliz?
Bruce Arroll e seus colegas da Universidade de Auckland (Nova Zelândia) tentaram responder a esta questão avaliando o efeito de tentar estar certo ou de ser feliz na qualidade de vida de um casal.
O experimento envolveu um casal real vivendo em sua própria casa - o detalhe é que o homem concordou com o estudo e sabia tudo a respeito do que seria feito, mas a mulher não.
Os pesquisadores decidiram que o homem deveria adotar a postura de tentar ser feliz, concordando com a mulher nas disputas e atendendo seus pedidos sem reclamar, enquanto a mulher foi deixada com sua tendência natural de gostar de estar certa.
A qualidade de vida dos dois foi medida utilizando uma escala de pontuação de 1 a 10, sendo 10 a melhor qualidade possível de vida.
O estudo teve que ser interrompido depois de 12 dias, devido a um incidente adverso grave, uma briga na qual o homem verificou que sua mulher se tornava cada vez mais crítica em relação a tudo o que ele fazia.
A qualidade de vida do homem caiu do 10 inicial para o nível 3 nesses 12 dias de "Sim, querida". A pontuação da mulher aumentou ligeiramente de 8 para 8,5.
Necessidade de equilíbrio
"Parece que estar certo é uma causa de felicidade, e concordar com o que se discorda é uma causa de infelicidade," analisam os autores. "Os resultados desta avaliação mostram que a disponibilidade desenfreada de poder sem contestação afeta negativamente a qualidade de vida das pessoas no lado receptivo."
Eles concluem: "Acreditamos ser prejudicial para um parceiro concordar sempre com o outro. No entanto, são necessárias mais pesquisas para ver se nossos resultados se mantêm no caso de ser o homem quem tem sempre razão."
Na verdade, a conclusão dos pesquisadores soa estranha, já que se refere a aspectos individuais, quando o estudo envolve um casal. Afinal, não se pode dizer que a mulher ficou mais feliz quando a situação levou o casal a uma crise.
Seria mais razoável uma interpretação que ponderasse o equilíbrio de opiniões, e não a passividade, e a necessidade de que cada um tente defender suas próprias verdades sem anular o outro.
Outra análise do comportamento dos casais mostrou que, no geral, os maridos relatam comportamentos mais construtivos e menos comportamentos destrutivos do que as mulheres, embora as mulheres melhorem ao longo do tempo.
Fonte: Diário da Saúde
2 Comentários
Ótimo texto!
ResponderExcluirObrigado pela participação no ambiente Elinaldo.
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Abraços!