Suas memórias ficam guardadas mesmo que você não se lembre delas[Imagem: Hansdoller] |
Os detalhes de um evento de que você se lembra - como a sua última festa de aniversário - são determinados em parte pela sua formação cultural.
Os norte-americanos, por exemplo, tendem a se concentrar em detalhes visuais primários, como a cor das decorações da festa ou o tipo de cereja no topo do bolo.
Já os asiáticos se lembram melhor de detalhes interpessoais - quem serviu o bolo ou quem dançou na festa.
"Sua cultura influencia o que você percebe como sendo importante ao seu redor," resume Angela Gutchess, professora de psicologia na Universidade Brandeis (EUA). "Se a sua cultura valoriza as interações sociais, você vai se lembrar dessas interações melhor do que uma cultura que valoriza as percepções individuais. A cultura realmente molda a sua memória."
Para explorar a forma como os dois estão relacionados - cultura e memória -, Gutchess e sua equipe realizaram uma série de testes de memória em alunos dos Estados Unidos e dos países do Leste Asiático, incluindo China, Japão e Coreia.
Ambos os conjuntos de estudantes tiveram notas semelhantes nos testes de memória em geral, mas os estudantes norte-americanos se saíram melhor na recordação de objetos específicos.
"Estudos anteriores haviam mostrado que os leste-asiáticos são mais capazes de se lembrar de detalhes contextuais e de fundo, mas este estudo mostrou que nem sempre este é o caso," disse Gutchess. "Isso pode ser porque a memória dos asiáticos é mais focada no contexto emocional e em detalhes sociais do que em detalhes visuais."
Entender uns aos outros
De acordo com Gutchess, entender como a cultura afeta a memória pode melhorar as interações pessoais - das relações diplomáticas aos estilos de ensino em sala de aula.
A memorização, por exemplo, pode funcionar para algumas culturas, enquanto uma abordagem mais baseada no contexto da aprendizagem pode funcionar melhor para outras.
"Se pudermos entender como nos lembramos, nós podemos começar a realmente entender melhor uns aos outros," diz ela.
Fonte: Diário da Saúde
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