Os asteroides provavelmente se formaram nos mesmos eventos passados e continuam viajando próximos uns dos outros. [Imagem: Fuente Marcos/Fuente Marcos - 10.1093/mnrasl/slu144] |
A NASA apresentou há poucos dias um mapa dos impactos de asteroides na Terra que revela que os meteoros espalham-se de forma tipicamente aleatória ao redor de todo o globo - espacialmente falando.
Mas essa análise ligeira deixa de lado uma dimensão crucial: o tempo.
Acontece que, quando as ocorrências são analisadas temporalmente, os impactos estão longe de serem aleatórios.
Carlos e Raul de la Fuente, da Universidade Complutense de Madri, na Espanha, descobriram que os impactos de asteroides contra a Terra concentram-se em determinados dias.
Nos eventos estudados, a dupla identificou 18 ocorrendo aos pares, no máximo um dia depois do outro. Há menos de 2% de probabilidade de que nove pares ocorram em uma amostra verdadeiramente aleatória.
Outros 16 pares (32 meteoros) ocorreram em janelas de três dias ou menos, o que teria uma chance de apenas 2,2% de ocorrer em uma amostra aleatória.
Os astrônomos defendem que é um número de coincidências elevado demais para se dever meramente ao acaso.
Mas a explicação mais provável para isso não tem nada de cabalístico.
Os eventos associados podem indicar que os asteroides não viajam sozinhos, e a Terra é frequentemente atingida por grupos deles, que provavelmente se formaram nos mesmos eventos passados e continuam viajando próximos uns dos outros.
Segundo a dupla, essa informação é importante para a identificação de possíveis ameaças à Terra, e o conselho parece ser: encontrou um asteroide, procure por outros nas proximidades.
Texto: Redação Inovação Tecnológica
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