Hubble capta imagem rara de morte de estrela

No fenômeno, jatos de gás e poeira são lançados em direções opostas. Imagem:
ESA/Hubble NASA - Judy Schmidt
Um fenômeno que os astrônomos raramente conseguem ver foi registrado em seu momento exato pelo telescópio espacial Hubble, a morte de uma estrela.

Na imagem aparece uma estrela, chamada de gigante vermelha, no seu estágio final, liberando nuvens de gás e poeira para se transformar em uma nebulosa planetária.

A imagem da Nebulosa Cabalash foi divulgada pela ESA, agência espacial europeia, e pela Nasa, a agência espacial americana.

Por conter muito enxofre, ela também é chamada de Nebulosa do Ovo Podre - quando combinado com outros, o elemento produz um mau cheiro característico, que lembra o de um ovo estragado.

"Por sorte, o fenômeno acontece a 5 mil anos-luz da Terra, na constelação de Puppis (ou Popa)", diz, com bom humor, a ESA em uma nota sobre a descoberta.

Os jatos de gás (em amarelo) e a poeira cósmica são liberados em direções opostas a uma velocidade de um milhão de quilômetros por hora, explicam os cientistas.

Dificilmente se conseguem capturar essa fase da evolução das estrelas porque ela se dá "num piscar de olhos, em termos astronômicos", segundo a ESA.

De acordo com os cálculo dos cientistas, a nebulosa terá se desenvolvido completamente daqui mil anos.

As estrelas têm diferentes fases de evolução, que duram bilhões de anos. Quase no fim da vida, elas se transformam em gigantes vermelhas, que se tornam nebulosas planetárias e, por último, anãs brancas.

Os astrônomos acreditam que o Sol, por exemplo, se tornará uma gigante vermelha daqui cinco bilhões de anos.

Quando isso ocorrer, afirmam os cientistas, ele ficará 200 vezes maior e deverá "engolir" os planetas do Sistema Solar, entre eles a Terra.

Fonte: BBC Brasil

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