Os benefícios da natureza à saúde foram comprovados por estudos em 20 países. [Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay] |
Natureza
faz bem à saúde
Viver
perto da natureza ou passar um tempo em áreas verdes tem benefícios
de saúde significativos e abrangentes.
A
exposição a espaços verdes reduz o risco de diabetes tipo II,
doença cardiovascular, morte prematura, parto prematuro, estresse,
pressão alta e ainda gera
uma imagem positiva de si mesmo.
No
geral, populações com níveis mais altos de convivência com a
natureza têm maior probabilidade de relatar boa saúde.
Tudo
isso de acordo com dados globais envolvendo mais de 290 milhões de
pessoas de 20 países.
Quem
compilou todos os dados foi Caoimhe Twohig Bennett, da Universidade
East Anglia (Reino Unido), que publicou os resultados na revista
científica Environmental Research.
"Passar
tempo junto à natureza certamente nos faz sentir mais saudáveis,
mas até agora o impacto no nosso bem-estar a longo prazo não havia
sido totalmente compreendido. Reunimos evidências de mais de 140
estudos envolvendo mais de 290 milhões de pessoas para ver se a
natureza realmente gera um aumento da saúde," disse o
pesquisador.
Banho
de floresta
Os
'espaços verdes' foram definidos como regiões abertas e não
urbanizadas, com vegetação natural, bem como espaços verdes
urbanos, que incluíam parques urbanos e vegetação de rua.
A
equipe analisou a saúde das pessoas com pouco acesso aos espaços
verdes em comparação com a saúde das pessoas com maiores
quantidades de exposição à natureza.
"Nós
descobrimos que passar um tempo, ou viver perto, de espaços verdes
naturais está associado a diversos e significativos benefícios para
a saúde. Isto reduz o risco de diabetes tipo II, doença
cardiovascular, morte prematura e parto prematuro e aumenta a duração
do sono.
"As
pessoas que vivem mais perto da natureza também têm menor pressão
arterial diastólica, menor frequência cardíaca e menos estresse.
Na verdade, uma das coisas realmente interessantes que descobrimos é
que a exposição aos espaços verdes reduz significativamente os
níveis de cortisol salivar das pessoas - um marcador fisiológico de
estresse.
"O
'banho de floresta' já é muito popular como uma terapia no Japão -
com os participantes passando um tempo na floresta, sentados ou
deitados, ou simplesmente circulando. Nosso estudo mostra que talvez
eles tenham tido a ideia certa!" finalizou Bennett.
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