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Além de permitir a viagem no tempo, a matéria exótica pode possibilitar a velocidade de dobra - alguns astrofísicos acreditam que haja matéria exótica em estrelas de nêutrons. Imagem: NASA |
TARDIS
matematicamente possível
Um
matemático e um físico canadenses criaram um modelo matemático
para uma máquina do tempo que, ainda que não seja viável no
presente, também não se pode dizer que seja impossível de ser
construída.
David
Tsang e Ben Tippett, da Universidade da Colúmbia Britânica, são
especialistas na teoria de Einstein e em buracos negros - mas
confessam que também gostam de ficção científica nas horas vagas.
"As
pessoas pensam que viagens no tempo sejam algo ficcional. E nós
tendemos a pensar que não é possível porque não o fazemos de
fato. Mas, matematicamente, é possível," garante Tippett.
E,
usando matemática e física, eles provaram.
Deduzindo
fórmulas e triturando um bocado de números, Tsang e Tippett criaram
um modelo matemático de uma TARDIS - o nome foi obviamente dado em
homenagem à máquina do tempo do Dr. Who, mas eles conseguiram
forjar uma sigla que fizesse sentido em seu trabalho: Traversable
Acausal Retrograde Domain in Space-time, algo como domínio
retrógrado não-causal no espaço-tempo.
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Outros cientistas acreditam que o futuro pode afetar o passado. Imagem: Cortesia Shutterstock/Sam72 |
Máquina
do espaço-tempo
Os
dois pesquisadores descrevem sua máquina do tempo como uma bolha na
geometria espaço-tempo que transporta seu conteúdo para trás e
para a frente através do espaço e do tempo enquanto percorre um
grande caminho circular. Os cálculos indicam que a bolha, em
determinadas condições, se move através do espaço-tempo a
velocidades maiores do que a velocidade da luz, permitindo que ela se
mova para trás no tempo.
Para
explicar isso, a dupla defende que a divisão do espaço em três
dimensões, com o tempo em uma dimensão separada, é incorreta. As
quatro dimensões devem ser imaginadas simultaneamente, afirmam, onde
diferentes direções estão conectadas, como um contínuo
espaço-tempo.
Usando
a teoria de Einstein, eles explicam que é a curvatura do
espaço-tempo a responsável pelas órbitas curvas dos planetas. Em
um espaço-tempo "plano", ou não-curvado, os planetas e
estrelas iriam se mover em linhas retas. Contudo, na vizinhança de
uma estrela, que tem massa enorme, a geometria do espaço-tempo
torna-se curva e as trajetórias retas dos planetas próximos
seguirão a curvatura e circularão ao redor da estrela.
"A
direção temporal da superfície do espaço-tempo também apresenta
uma curvatura. Existem evidências mostrando que, quanto mais perto
de um buraco negro estivermos, mais lentamente o tempo se move.
[Nosso] modelo de uma máquina do tempo usa o espaço-tempo curvo
para dobrar o tempo em um círculo para os passageiros, e não
colocá-lo em uma linha reta. Esse círculo nos leva de volta no
tempo," explica Tippett.
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Ainda que não permita ir de fato ao passado ou ao futuro, as pesquisas sobre viagem no tempo podem ser usadas de forma prática na segurança da informação. Imagem: mptvimages.com |
Matéria
exótica
Embora
seja possível descrever esse tipo de viagem no tempo usando equações
matemáticas, os pesquisadores duvidam que alguém chegue a construir
uma máquina para demonstrar esse princípio porque o material para
isso não existe - ainda.
"H.G.
Wells popularizou o termo 'máquina do tempo' e deixou as pessoas com
a ideia de que um explorador precisaria de uma 'máquina ou caixa
especial' para realmente realizar viagens no tempo. Embora seja
matematicamente viável, ainda não é possível construir uma
máquina do espaço-tempo porque precisaríamos de materiais - que
chamamos de matéria
exótica - para dobrar o espaço-tempo nesses modos impossíveis,
mas eles ainda não foram descobertos.
"Estudar
o espaço-tempo é tanto fascinante quanto problemático. E também é
uma maneira divertida de usar a matemática e a física.
Especialistas em meu campo têm explorado a possibilidade de máquinas
matemáticas do tempo desde 1949. E [nossa pesquisa] apresenta um
novo método para fazer essas viagens," concluiu Tippett.
Matéria colhida na íntegra em: Inovação Tecnológica
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