Imagem: Mariana Paulino |
Você sabia que o material usado como absorvedor de impacto no para-choque
da maioria dos carros tem o pior desempenho entre todos os materiais
disponíveis?
Esta é a conclusão de Mariana Paulino e
seus colegas da Universidade de Aveiro, em Portugal.
Sustentando o impacto
Os materiais
celulares sintéticos - espumas de
polímeros e de metais - vêm sendo usados como absorvedores de impactos há
décadas.
Mas a Dra. Mariana acredita, e agora
demonstrou empiricamente, que a cortiça - a mesma cortiça usada como rolha de
garrafa - é um material muito mais eficiente e mais ambientalmente correto.
Segundo ela, o material natural pode ser
mais eficiente e mais barato do que o material sintético, além de poder ser
produzido de forma sustentável.
Materiais para absorção de impacto
A pesquisadora testou a capacidade de
absorção de impactos da cortiça, espumas metálicas e espumas poliméricas,
incluindo um produto introduzido recentemente no mercado e que vem sendo
apontado como um dos mais eficazes já feitos.
Os resultados indicam que a espuma de
poliuretano, usada nos para-choques da maioria dos carros, tem o pior
desempenho entre todos os materiais testados.
A espuma de alumínio tem a maior
capacidade de absorção, seguida de perto pela cortiça.
Todos os demais materiais se distribuem
entre esses dois extremos em termos de eficiência.
Como material de proteção contra impacto
para para-choques, portas, colunas e outros reforços estruturais, a cortiça
supera a espuma polimérica mais avançada disponível em termos de valor de pico
de aceleração de impacto.
De fato, em energias mais elevadas, o
que equivaleria a uma colisão em alta velocidade, a cortiça tem o melhor valor
de pico de aceleração.
Fique com a cortiça
Os pesquisadores investigaram também o
quanto os diferentes materiais testados invadem o espaço dos ocupantes do
veículo em uma colisão.
A espuma de alumínio apresentou o menor
deslocamento, seguido pela cortiça e, logo depois, pela espuma polimérica
estado-da-arte. A tradicional espuma de poliuretano foi novamente o material
menos adequado.
Os pesquisadores concluíram que, apesar de a espuma de
alumínio ser marginalmente melhor do que a cortiça microaglomerada, a cortiça é
uma opção muito melhor para os veículos do futuro por ser mais barata e mais
fácil de processar do que a espuma de metal.
Fonte: Inovação Tecnológica
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